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Coito programado

Coito programado, também conhecido como relações sexuais programadas (RSP), é uma forma de tratamento de baixa complexidade que visa aumentar as chances de gestação monitorando a ovulação com auxílio de ultrassom ou dosagens hormonais e orientando o casal a ter relações durante esse período.

Indicações do coito programado

A RSP normalmente é indicada para o tratamento dos fatores de infertilidade mais simples e com bom prognóstico. Por isso, indicado para as mulheres com anovulação, como a síndrome dos ovários policísticos (SOP), com até 35 anos, sem sinais de obstrução tubária e sêmen do parceiro com boa qualidade. A chance de sucesso estimada é ao redor de 30% em três ciclos.

Como é realizado o coito programado

Nos casos de anovulação, utilizamos medicamentos para induzir a ovulação. Podem ser utilizados indutores via oral, como o citrato de clomifeno ou o letrozol, ou indutores hormonais injetáveis, as gonadotrofinas.

A monitorização da ovulação é feita com ultrassonografias seriadas até o folículo atingir a maturidade, quando ocorre pico do hormônio luteinizante (LH), responsável pela rotura folicular, ou seja, a ovulação. As fímbrias das tubas uterinas são formações em formato de dedos que captam o óvulo e o direcionam para dentro da tuba, onde ocorre a fecundação.

Os espermatozoides ejaculados sobrevivem até três dias dentro do útero e das tubas. Já o oócito sobrevive apenas 24 horas após a rotura do folículo. Por isso, a chance do oócito ser fertilizado é maior quando o casal tem relações antes ou durante a ovulação do que após.

Após a RSP orientamos a suplementação de progesterona para o suporte hormonal adequado para a implantação do embrião no endométrio.

Quando não se consegue gestação após esse período, discutem-se com o casal outras opções de tratamento, como a inseminação artificial ou a fertilização in vitro.

Casos mais complexos de infertilidade, como a presença de endometriose, alterações tubárias e baixa qualidade espermática, além de mulheres que apresentam baixa reserva ovariana, requerem tratamentos mais complexos e eficazes e não devem ser tratados com a RSP.