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Sintomas de mioma: saiba como identificar

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Os miomas são tumores benignos que atingem a parede de músculo do útero, chamada tecnicamente de miométrio. Eles acontecem quando algumas de suas células começam a se multiplicar com maior rapidez.

Seus sintomas mais comuns são: sangramentos menstruais mais intensos, períodos menstruais mais longos, dor pélvica e/ou cólicas mais intensas. Quando crescem rumo a bexiga ou ao intestino, podem provocar incontinência urinária ou prisão de ventre, respectivamente.

No entanto, uma boa parcela dos casos é assintomática ou apresenta um sintoma que pode demorar a ser percebido, a infertilidade. Nesse sentido, é importante saber a classificação mais comum dos miomas: o submucoso, o intramural e o seroso.

Apenas o primeiro está frequentemente associado à dificuldade de engravidar. Essa complicação é mais rara nos outros dois e depende principalmente de eles distorcerem a forma da cavidade uterina devido ao volume, à quantidade e/ou à proximidade.

Quer entender melhor? Acompanhe o nosso post

A classificação dos miomas

Os miomas podem ser classificados em:

Submucosos sésseis: ocupam principalmente as camadas mais próximas à cavidade interna do útero com menos de 90% do volume em proeminência para cavidade uterina;
Submucosos pediculados: crescem além da submucosa e mais de 90% do seu volume ocupa a cavidade uterina, podendo crescer até a saída do colo do útero;
Intramurais: ocupam, total ou parcialmente, o miométrio;
Subserosos: grande parte do seu volume se localiza na camada mais externa do útero.

O tipo de mioma apresenta uma estreita relação com alguns sintomas e complicações que podem apresentar.

Os sintomas dos miomas

Como dissemos, é muito comum que os miomas sejam completamente assintomáticos. Você apenas descobre que está com eles quando faz uma ultrassonografia ginecológica de rotina ou para investigar outra doença. No entanto, quando se manifestam, os sintomas mais comuns são:

Sangramento uterino fora do período menstrual

Ele é mais comum nos miomas submucosos e intramurais que distorcem a cavidade uterina. Por ação direta ou indireta, eles acabam irritando o endométrio, provocando a descamação ou o rompimento dos vasos. Isso leva a pequenos volumes de sangramento fora do período menstrual.

Alterações do fluxo menstrual e dismenorreia

As alterações podem envolver:

Aumento do volume do fluxo menstrual por causa de uma maior irritação local;
Períodos menstruais mais longos (> 7 dias);
Por modificarem a movimentação normal do músculo saudável, podem levar a cólicas mais intensas durante a menstruação (dismenorreia). Esse é um sintoma que frequentemente leva as mulheres às consultas com ginecologistas.

No entanto, uma situação muito diferente pode ocorrer nos miomas pediculados que se inserem no canal do colo uterino. Com isso, tornam-se um tampão impedindo que o conteúdo menstrual seja liberado, provocando ausência de fluxo (amenorreia) ou sua redução (oligomenorreia).

Dor pélvica

As formas crônicas (por períodos maiores do que seis meses) de dor são as mais comuns nos miomas. A intensidade e a frequência das dores geralmente dependem da pressão que as lesões fazem sobre os outros órgãos e da distorção da cavidade uterina.

Por isso, a dor é mais frequente quando há miomas múltiplos e/ou volumosos, uma situação que é mais frequente na população negra.

Alterações nos hábitos urinários e intestinais

O crescimento dos miomas pode fazer com que ele pressione outros órgãos da pelve, em especial:

A bexiga: esse órgão é bastante elástico e se enche à medida que a urina chega dos rins. Se os miomas reduzirem o espaço disponível para que ela se expanda, a capacidade de armazenamento diminui. Consequentemente, a frequência urinária aumenta, a sensação de urgência urinária fica mais frequente e, em alguns casos, a urina pode escapar involuntariamente;

O intestino e o reto: ao pressionar a parede externa desses órgãos, os miomas podem causar uma redução parcial do canal por onde passam as fezes. Isso se manifesta com a prisão de ventre ou dificuldade/dor na hora de evacuar, a constipação.

Infertilidade

Os miomas podem alterar a dinâmica da fertilização e do implante de embriões ao provocar a compressão ou alteração de receptividade do endométrio. Para isso, precisam causar algum grau de distorção da cavidade pélvica, do endométrio ou da camada submucosa, como geralmente acontece em:

Todos os submucosos;
Serosos e intramurais maiores que distorcem a cavidade uterina;
Miomas grandes (maiores do que 4 a 5 centímetros) de todos os tipos.

Além disso, o mioma é uma doença estrogênio-dependente. Assim, sua identificação pode apontar para outras doenças com essa característica e que são causas frequentes de infertilidade, como os pólipos uterinos e a endometriose.

É possível diferenciar os sintomas do mioma daqueles de outras doenças?

Apenas pelos sintomas é muito difícil diferenciar os miomas de outras doenças. Afinal, as manifestações são muito comuns em outras condições gerais e ginecológicas, como a endometriose e os pólipos. Por esse motivo, o diagnóstico demanda que sejam realizados exames, sendo a ultrassonografia o método mais utilizado em um primeiro momento.

Quando procurar um(a) médico(a)?

Na ginecologia, o ideal é que o acompanhamento da saúde feminina seja feito periodicamente com consultas de rotina. Ou seja, ele ocorre independentemente dos sintomas. Lá, o médico fará perguntas direcionadas sobre possíveis sintomas mais comuns na mulher. Assim, você poderá conversar sobre eles e investigá-los.

No entanto, algumas situações podem demandar uma consulta fora da rotina, como:

Se você estiver ansiosa sobre os sintomas e precisar de mais informações;
Dor aguda intensa, que deve ser investigada rapidamente pelo seu(sua) médico(a) de rotina ou no pronto-atendimento;
Dificuldade para engravidar por mais de um ano.

O diagnóstico, o tratamento e a reprodução assistida para os casos de mioma

O diagnóstico dos miomas é feito por ultrassonografia pélvica. No entanto, a ressonância magnética também pode ser indicada, pois melhora a capacidade de identificar outras condições que podem estar associadas à doença.

O tratamento é individualizado com base nos sintomas ou nos riscos de complicação, podendo ser expectante, medicamentoso ou cirúrgico.

A reprodução assistida está indicada nas queixas de infertilidade quando as lesões nos exames encontradas puderem efetivamente estar associadas a esse sintoma. Em todo caso, a decisão é sempre compartilhada com você.

Quer saber mais sobre os miomas e sua relação com a infertilidade feminina? Então, não perca este artigo sobre o tema!

Postado por fiv em 19/jul/2021 - Sem Comentários

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